INSS terá R$ 1,4 bilhão a mais em despesas em 2025, com foco no reajuste de benefícios para aposentados, diz especialista
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrentará um aumento de R$ 1,4 bilhão em seus gastos em 2025, acima do que foi previsto no Orçamento, devido ao reajuste dos benefícios de aposentados e pensionistas. Esse acréscimo nos custos se deve ao índice de correção, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 4,77% em 2024, superando a previsão inicial do governo, que era de 4,40%.
Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS, explica que os benefícios acima do salário mínimo são ajustados de acordo com o INPC, que representa cerca de 56,3% das despesas totais do Regime Geral da Previdência Social. Com a variação do INPC superior à esperada, o INSS terá um impacto financeiro extra de R$ 1,4 bilhão.
Além disso, o especialista observa que o orçamento do INSS para 2025 subestimou outras despesas, como os gastos com Requisições de Pequeno Valor (RPV). Essas RPVs são pagamentos ordenados pela justiça para dívidas que não superem 60 salários mínimos. Segundo Rolim, a estimativa para esse tipo de despesa foi reduzida em relação ao ano anterior, o que é improvável, já que os gastos com RPVs costumam aumentar a cada ano.
Reajuste dos benefícios
A correção de 4,77% no INPC significa que os aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo terão um reajuste de 4,77% a partir de fevereiro de 2025. Além disso, o teto do INSS será ajustado, passando de R$ 7.786,01 para R$ 8.157,40, de acordo com os cálculos de Rolim. O reajuste será aplicado retroativamente a 1º de fevereiro de 2024, e os beneficiários que começaram a receber aposentadoria após essa data terão o aumento proporcional ao tempo em que receberam o benefício.
O governo deve anunciar os valores oficiais do reajuste ainda nesta sexta-feira, mas especialistas já confirmam a correção de 4,77%.
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